domingo, 3 de julho de 2011

Era uma manhã calma quando ela se levantou da cama, colocou a velha calça jeans desbotada e o agasalho favorito, o dia estava com uma cara péssima e o seu peito estava dolorido, ela não estava doente, era algo lá dentro, algo que não queria deixar com que ela se levantasse da cama. Ela deitou novamente por mais cinco minutos, ficou ali de olhos fechados, conseguiu sentir algumas lágrimas quentes escorrer sobre a sua face, respirou fundo, não era hora de chorar. Ela se levantou e seguiu o seu caminho para escola. Não quis tomar café da manhã e nem comer nada, estava sem fome há dias. O seu humor regredia, os sorrisos diminuirá, andava mais pensativa e ninguém notará. Estava calma, estava quieta, estava mal. O dia passou calmo, como todos os outros, nada de diferente, nada que fizesse com que ela sorrisse de verdade. Aquela classe, aquelas pessoas, aquele desanimo, uma monótona rotina há qual ela se acostumará com facilidade, não porque queria, porque era preciso. Não conseguiu se concentrar em nenhuma das matérias, rabiscou algumas coisas em seu caderno. Escreveu algumas frases que não deveria está escrito ali e os desenhos que não esboçavam nada. Ela não sabia o que sentia. Ela não sentirá raiva dele, talvez sentisse raiva dela, mas pelo qual motivo? Talvez por ter acreditado novamente em promessas soltas, em juras em vão, por ter acreditado no que já ouvirá antes, mas ela teve culpa? Será que ela foi culpada? Ela não era a única que sofria com aquele problema, existe outras garotas, em outros cantos do mundo, em outras pontes, existe garotas que fazem as mesmas perguntas que ela tem feito todos os dias. Mas nem um porquê vai solucionar o seu problema, nenhuma porquê vai acalma-lá, nem os seus textos estão acalmando-a. Nada, absolutamente nada. O seu problema é como um daqueles que a professora de matemática está passando no quadro, confuso, envolve distância e presença. Envolve outras coisas e o que resta do x, não é absolutamente nada, ela que achava que estava aprendendo à resolver as questões do x, que estava com uma certeza absurda que iria conseguirá responder qualquer questão com aquele cálculo, percebeu que não sabia nada da vida, que ainda era uma menininha, uma criancinha perto daqueles problemas e precisava de colo, qualquer colo, mas algum colo que não falasse nada, que ficasse quieto e deixasse ela chorar, ou ficar em silêncio, ou simplesmente gritar, esperneia. Mas ela não tem, ela não tem esse colo, ela não tem a solução do problema e anda sem sorrisos verdadeiros, talvez ela esteja vivendo em vão e ela sabe que encontra a solução do problema no final de cada texto que lê, que escreve. No final de cada frase que ela nota por aí, mas ela não abre os olhos pra perceber que acabou, que nada que se foi voltará e que não tem mais chances, não com aquele garoto e que já está na hora de seguir em frente, de levantar a cabeça e seguir adiante. Sem dar nenhuma nova chance para ele.

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